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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cartinha é coisa de menininha, né?


Outro dia me vi escrevendo uma cartinha, sabe aos vinte anos isso não é mais romântico, é na verdade meio bobo, quem aos vinte anos precisa escrever cartinha? Mais lá estava eu, empolgada. E essa empolgação resultou em quatro folhas digitadas. Putz! É isso mesmo, d - i - g - i - t - a - d- a por que eu sou mais rápida digitando do que escrevendo. Eu não precisei de rascunhos, nem mesmo precisava da tecla delete no teclado a não ser pra tentar concertar alguns erros de português. Mas o que eu tinha pra dizer era claro. Eu queria dizer que mudei, que cansei. Queria dizer que te amo, mas que aprendi também a me amar. Queria te dizer que não é por que existe amor que o sexo precisa ser algo sem sabor. Que a paixão precisa se apagar. E queria dizer mais, você se tornou alguém importante pra mim, alguém no qual eu gostaria de ter pra o resto da vida ao meu lado, mas que isso não vai ser possível se você não se olhar no espelho e tentar concertar seus defeitos. Eu não quero que você mude, eu te amei e amo assim, mas quero que volte no passado e veja no que se tornou, e veja que esse não é o cara que eu olhei pelo espelho retrovisor e soltei o meu melhor sorriso. Não é o cara que eu tremi ao primeiro beijo, não é o cara que me fez sentir a pessoa mais feliz do mundo, não é o cara que me fez matar tantas aulas. Eu quero aquele cara de volta, quero aquele seu sorriso, aquela sua piada sem graça, quero a sua conversa que não me distrai mas que eu amo ouvir. Eu não quero que você mude, pois você mudou. Eu quero só que volte a ser quem era. E foi por isso que eu escrevi pra você. E por que eu não falei, conversei, dialoguei? Por que ao escrever eu consigo me expressar melhor. Poxa, não é por isso que eu estou aqui, escrevendo?

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